sábado, 26 de fevereiro de 2011

sábado, 26 de fevereiro de 2011 0
                 A base de tudo é nunca se arrepender, daquilo que um dia te fez feliz.



No final, tudo se resume a interpretar as entrelinhas. É saber materializar tudo aquilo que nunca foi dito. É ir além da lógica racional, mais que clichê do ser humano. Ou seja, não é dizer eu m Eu Te Amo, mas inseri-lo num sorriso.  É ajudar, quem não esta pedindo por ajuda. É saber se colocar na dor de outra pessoa, por um simples, simples olhar. Temos que aprender, que as melhores coisas, não são ditas, não são mostradas, são simplesmente despistadas, guardadas dentro das pessoas, que buscam preservar um mínimo que seja, de coisa boa dentro delas. As melhores pessoas, são aquelas que sabem se comunicar, pela ausência de palavras. São aquelas que conseguem esconder um mundo de luta, de guerra, de paz, de dor, por trás de um sorriso. São aquelas que ao dizer que estão bem, na verdade estão gritando por dentro, que não. São aquelas que não precisam de atenção, não querem atenção, mas querem se silenciar ainda mais no meio seu próprio silêncio. Aquelas que querem se esconder, mesmo ja estando invisíveis. Uma vida sem enigmas, sem mistérios, não é uma vida. Uma declaração qualquer, sem palavras subentendidas, não é um uma declaração, é um simples jogo de palavras sujo e barato feito por qualquer um. Fortes são aqueles que conseguem recarregar suas palavras de sentimentos, mudando e reformando corações, sem ao menos fazer discurso. É tudo uma questão de interpretação. É tudo uma questão de sair do lugar que limita sua visão, e começar a ver atráves das paredes. É ouvir, o que nunca foi posto pra fora. Deixamos assim, tudo por subentendido, debaixo do pano, até que alguém um dia, consiga finalmente, resolver e revelar, o mistério, o enigma, que somos nós. A verdadeira face escondida, por tantos e tantos anos. As palavras não ditas, são as melhores, porque são essas, as mais verdadeiras.  Cuide de suas palavras, porque elas podem te levar do topo, ao chão. 

É muito grande, mas é muito lindo.





Meu nome é Guilherme. Quando completei 19 anos resolvi me mudar para um apartamento no centro da cidade. Eu tinha terminado meus estudos um ano antes e, por enquanto, não queria cursar qualquer faculdade.
O apartamento não era lá grande coisa, mas era ótimo pra mim.
   No dia em que eu estava mudando pra lá, conheci uma garota linda. Seu cabelo era liso e escuro, os olhos eram castanhos e o sorriso dela modificava o rosto de qualquer um que estivesse por perto.
   - Deve ser novo por aqui não é? – disse quando me viu na sua frente com as malas.
   - Sim, acabei de chegar. – coloquei as malas no chão e estendi minha mão direta à ela. – Guilherme, prazer.
   Ela apertou minha mão e sorriu.
   - Marina. O prazer é todo meu Guilherme. – então ela soltou minha mão e me encarou. – Eu moro aqui na frente, então acho que vamos nos ver bastante. Se precisar de alguma coisa é só pedir. Estou indo trabalhar, até mais.
   Ela estava indo até o elevador e eu não resisti.
   - Acho que preciso de um emprego. Se souber de algo, me avise, por favor. – eu estava sorrindo. Ela virou-se pra mim e acenou com a cabeça. Entendi como um sim.
   Passei a manhã toda tentando arrumar as coisas naquele apartamento. Por mais que ele fosse pequeno, eu não estava conseguindo organizar quase nada ali. Alguém tocou a campainha. Era minha namorada, Nicole.
   Preparei algo para comermos e passamos o resto do dia juntos. Era interessante como ela gostava de falar do sapato que queria comprar, dos vestidos, brincos e colares exageradamente caros. Ela não perguntou como eu estava me sentindo ou se eu estava gostando daquele lugar, Nicole era fútil e, isso, estava começando a me incomodar de um modo que nunca imaginei.
   Quando ela foi embora a acompanhei até o elevador e Marina estava ali. Ela passou por mim e disse um oi. Nicole me deu um beijo e partiu.
Voltei para o apartamento e fiquei deitado no sofá, pensando na vida. A campainha tocou novamente e deduzi que Nicole tinha esquecido algo. Enganei-me. Marina sorriu e disse que precisava falar comigo.
   Permiti que ela entrasse e então ela começou a falar.
   - Guilherme, eu trabalho num restaurante que fica aqui no centro mesmo; estão precisando de alguém que saiba pilotar moto e faça as entregas. Eu falei de você e só preciso saber se você aceita. E aí?
   Eu adorava pilotar motos; seria o emprego perfeito, por enquanto.
   - Eu aceito sim. Quando começo?
   - Acho que amanhã mesmo. Pode ir lá pelas nove da manhã, assim que eu for. Podemos ir juntos se quiser.
   - Eu quero sim! Obrigado.
   Depois disso ela saiu e só nos vimos no dia seguinte.
   Estávamos trabalhando juntos e nos tornamos grandes amigos. Quase todo dia, íamos até o terraço do prédio e ficávamos ali, conversando, olhando as estrelas e fazendo planos pro futuro. Ela me ouvia falar do decadente relacionamento entre Guilherme e Nicole, me dava conselhos e eu entendi o significado de um ombro amigo. Para qualquer coisa que eu precisasse, ela estava ali. Suas palavras me faziam um bem enorme e ouvir a voz dela era algo realmente magnífico.
   Quando já estava tarde demais, ela cantava uma canção pra mim enquanto eu estava deitado em seu colo: “I will never let you fall, I’ll stand up with you forever, I’ll be there for you through it all, even if saving you sends me to heaven!”. (The Red Jumpsuit Apparatus – Your Guardian Angel)
   - Há quanto tempo você e Nicole estão juntos? – perguntou uma noite dessas.
   - Já faz uns três anos, se não me falha a memória.
   - Você a ama?
   - Eu gosto muito dela mas somos completamente diferentes. Marina, por que você não ta namorando ainda?
   - Ah Guilherme, eu sou meio louca e não quero obrigar ninguém a ficar sofrendo comigo. Tenho minhas crises e prefiro ficar só com elas. Não quero um namorado; pelo menos não agora. Entende isso?
   - Acho que sim.
- Sou complicada de entender, mas acho que com o passar do tempo alguém vai me decifrar. Já pensou em suicídio? – não entendi o por quê dessa pergunta.
   - Umas vezes, mas não teria coragem para fazê-lo. Somos vencedores e se você faz algo do tipo se torna um perdedor. A vida está aí e você tem que ir até o fim, mas sem antecipá-lo. É o que eu penso.
   - Eu considero como vencedor aquele que sabe a hora certa de desistir.
   - Hum… Você não acha que o suicídio é algo egoísta demais? Quer dizer, a pessoa se mata por causa do seu sofrimento e deixa outras pessoas sofrendo aqui. Não acho isso legal, mas não julgo ninguém.
   - Talvez seja. Vamos mudar de assunto?
   - Ta.
   Marina dizia ser louca e eu estava começando a acreditar nisso.
   Quando chegavam os finais de semana, Nicole e eu saíamos para qualquer lugar que ela quisesse. Como sempre, ela só conseguia falar de si própria e das coisas que estava usando e que gostaria de usar.
   Fomos até uma sorveteria e vi Marina com um homem (ele sempre ia ao restaurante falar com ela). Nicole e eu nos sentamos em uma mesa e ficamos ali chupando sorvete. O homem beijou Marina e meu estômago revirou ao ver aquilo. Eu queria sair o mais rápido dali, senti ciúmes. Coisa de amigo.
   - Aquela é sua vizinha não é? – parabéns Nicole, você acertou!
   - Sim. Vamos embora? Eu não estou muito bem.
   Fui pra casa e não parava de pensar naquela cena. Ela disse que não queria um namorado, mas por que aquilo? Por que eu estava pensando nisso? Eu não sabia o que estava acontecendo.
   No dia seguinte não conseguia olhar diretamente pra ela. Eu estava bravo e arrogante. À noite Marina tinha dito que faria uma festa no apartamento para comemorar seu aniversário. Pediu para que eu fosse e que levasse Nicole, se eu quisesse.
   A festa estava ótima até eu ver o homem que beijou Marina. Tentei não pensar em nada.
   - GUILHERME! Olha só o que sua amiguinha fez! – o vestido de Nicole estava encharcado de suco.
Peguei Marina pelo braço e a levei até o canto da sala.
   - Qual o seu problema? – perguntei enfurecido.
   - Como assim Guilherme? Foi um acidente. Não queria derrubar nela. – ela não conseguia me olhar.
   Soltei gargalhadas e seus olhos estavam lacrimejando.
   - Ah claro que não! Desculpa senhorita “eu nem me importo com a sua namorada”! – estava apertando cada vez mais forte seu braço.
   - Você ta louco! Solta meu braço, ta machucando!
   Cheguei meu rosto mais perto do dela e olhei diretamente em seus olhos.
   - Você é a louca aqui, não esquece disso! – soltei o seu braço e fiquei sem compreender o que tinha feito.
   Chamei Nicole para que fossemos embora e, depois de sair com ela, voltei ao meu apartamento. Percebi que a festa de Marina já tinha terminado.
   Ao abrir a porta, notei que no chão havia um bilhete. Peguei-o e reconheci a letra de Marina:
    “Guilherme;
   Quando você estiver lendo esse bilhete talvez já seja muito tarde pra mim. Eu não sei o que fiz para você me tratar daquele modo e me magoou profundamente. Acho que é hora de eu dizer o que realmente penso. Sabe, é estranho e confuso. Você se tornou um grande amigo; eu tenho alguém para contar meus problemas e isso é ótimo. Como você e eu sabemos, ‘eu sou louca!’. Meus sentimentos por você se confundiram e eu quero você comigo, não como amigo. Entenda que já pensei muitas vezes em tirar a Nicole de você e te roubar pra mim; mas isso não será mais preciso. Estou no nosso lugar de sempre esperando tomar coragem para fazer o que mais desejo. Espero que não fique bravo comigo, você foi um anjo na minha vida! Pena que eu não sou nada e nem ao menos tento ser. Não se importe comigo, pois não vai fazer diferença.
                                    Eu te amo,
                                       Marina.
Larguei o bilhete no chão e corri o máximo que pude para chegar ao terraço. Só de pensar em não a ver mais, meu coração estremeceu. As lágrimas já estavam escorrendo no meu rosto; eu não conseguia respirar. Quando cheguei ao terraço ela estava lá, de costas pra mim, em pé e olhando pra baixo.
   - Marina! – eu estava soluçando.
   - Vá embora Guilherme. Nada que você faça vai desfazer isso.
   - Olha, eu sei que fui errado com você. Desculpa! Eu estava com ciúmes e percebo agora que eu te amo. Sai daí e fica aqui comigo.
   - Você ama a Nicole. – sua voz era sombria.
   - Não! Eu nunca disse isso. – eu estava me aproximando dela, fazendo o mínimo de barulho que podia. – Você é tudo pra mim, está comigo nas horas boas e ruins; você é capaz de me fazer bem apenas com um sorriso. Eu sei que a pessoa que eu amo é você! Não minto que lutei contra isso, mas agora percebo que foi em vão.
   Ela sabia que eu estava me aproximando e pensei que ela se jogaria dali.
   - Minha vida gira em torno de você Marina, então se minha vida vai se jogar de um prédio, eu também irei. Você quer isso?
   - Você cometeria suicídio por causa de uma ‘louca’ Guilherme?
   - Eu cometeria suicídio por você.
   Marina virou-se pra mim e sorriu. Ela não estava chorando, sua face não transmitia emoção alguma e, com um passo pra trás, ela se jogou.
   Eu não queria saber de nada, só queria estar com ela. E ao vê-la caindo, não parei pra pensar, apenas me joguei pra tentar salva-la.
   E enquanto eu estava caindo, certa música veio à minha cabeça: “Nunca deixarei você cair, eu enfrentarei tudo com você pra sempre; eu estarei ao seu lado apesar de tudo isso, mesmo que salvar você me mande pro céu.


Não fui eu que escrevi, detalhe HAHA

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011 0
E a grande verdade da vida é, você não é um santo, nem eu, somos frágeis, e fracos, submissos a todo e qualquer tipo de sentimento novo que o mundo venha a nos mostrar. Mas acho que somos conscientes o bastante para ter limites. Talvez as pessoas não sejam aquele monstro de 702158285 cabeças como nós achamos. Talvez ainda haja uma pitada de bondade, mesmo no mais duro dos corações. Talvez no meio de tanto ódio, e de tanta raiva, ainda exista uma pequena brecha pra um sorriso. Eu sei que cansa, eu sei que cansa confiar, confiar, e mesmo assim quebrar a cara, mas o que é realmente bom, é dizer que tentou. Poder ainda fazer um mínimo de diferença, tentar se manter em pé, vivo. Sem segredos, é só isso que você precisa. E enquanto não chegar sua nomenclatura de santificação, não cobre nada de você. Não deixe ninguém cobrar nada de você também. A graça da vida, é estar sempre um degrau abaixo daquilo que é seu motivo pra acordar e sorrir todos os dias. É não ser ninguém, mas ser ninguém acompanhado. É abaixar a cabeça e assumir toda culpa, corrigir todo erro. É viver sem ter medo de ser julgado, e ponto final. É ser errado, mas ser humano. E ser humano significa encontrar esperança, onde você nem sabia que tinha. Encontrar a perfeita associação entre imperfeição e felicidade, caminhando juntos, com um sorriso mais que verdadeiro.
                                  A verdade é que num fundo bem profundo, você só diz que cresceu.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011 0
Que o céu desabe. Que o chão se abra. Que o vento leve tudo. Só me prometa que vai ficar. Só me faça confiar na sua perfeita sanidade. Só me deixe depositar toda minha esperança, em você. Sim, pode até estar dificil, mas quem se importa? Quem vai ligar? Eu? Não. Parece que um sorriso seu, abre caminhos e mais caminhos a minha frente. Então não faça com que eu me perca num abismo desconhecido. Posso até não ser nada, e nem ao menos tentar ser, mas minhas palavras estão aqui de prova, do quanto eu dependo da sua existência. E eu prometo, na plenitude da minha consciência, que sou capaz de ultrapassar os limites da minha força, que talvez eu nem saiba que tenho, para não deixar você sofrer, pra fechar seus olhos pra realidade, e dizer que vai ficar tudo bem. Eu posso ser a pior pessoa do mundo, mas eu tenho um coração que bate, um coração de  verdade, que implora para que você fique forte. Porque desistir é para os fracos, e se eu estou contigo, fraqueza nenhuma se mete em nada. As vezes, você pode até achar que sua vida é um lixo, e que você não presta, mas talvez sua inutidlidade só sirva pra você. Talvez você não saiba a sua importância pra quem esta do seu lado. Talvez você não sabe até aonde as pessoas são capazes de ir por você. Então deixa de egoísmo, e para pra pensar. O tempo vai passar, as coisas podem piorar, lágrimas vão vir, mas quem se importa? Viver é uma coisa, viver acompanhado é outra. Anjos não vieram pra dizer que te amam, mas pra provar esse amor, se jogado na frente de tudo e de todos por você. Mesmo que isso custe o céu pra umas pessoas. Você só precisa de um toque de realidade e um pouco de sensibilidade pra se deixar aprender a ser forte, não sozinho, mas com alguém colado contigo.

Não sei porque eu ainda insisto em falar disso. 

domingo, 13 de fevereiro de 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011 0

                                     Tenho sérios problemas em demonstrar sentimentos.
                                                                                    (Mary and Max)
 
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